No dia 11 de fevereiro nós participamos da primeira reunião na escolinha de Lia. O encontro, que começou às 19h e terminou às 21h, foi totalmente focado na tomada de decisões conjuntas para o ano da Curumim. Papais e mamães dos pequenos que estudam no Jardim se encontraram para um reunião descontraída na salinha onde nossos filhos passam suas manhãs/tardes. Eu nunca participei de uma reunião de 'pais e mestres' em outra escola, então não tenho muito parâmetro de comparação, mas posso apontar aqui os pontos positivos que me agradaram desse dia:
1. Comida. E era comida boa! Pãozinho feito por Conceição, suco de melancia natural, chá... nham nham.
2. Não é uma reunião individual com cada pai, mas sim um encontro conjunto com todos ao mesmo tempo. Não sei dizer se isso é a regra das escolas em geral, mas eu lembro da minha mãe sempre tendo reuniões sozinha com meus professores.
3. Participar da tomada de decisões. Não somos só informados do que vai acontecer, temos uma participação ativa no desenrolar do ano escolar, das atividades que vão ser realizadas, inclusive da parte administrativa. É bom.
4. Sentar no chão, deitar no chão, deitar no colo do companheiro/companheira, sentar na mesa, abraçar uma almofadona, deitar num colchonete...onde você se sentir mais confortável é onde você fica. E qualquer lugar da sala está integrado ao círculo da reunião.
5. As crianças ficam por lá, correndo, pulando, enfiando comida na boca de todo mundo, brincando de pega-pega, rolando na areia do pátio, mamando, fazendo carinho nos pais, passando no meio de todo mundo. Não existe essa frescura de 'criança comportada sentada parada calada não perturbe estátua'. Criança é criança <3
6. Decidir juntos quando paga a mensalidade. Sério, isso é fantástico. A pior coisa na vida de uma pessoa é ter uma conta pra pagar que vence 3 dias antes do seu salário entrar.
7. Conhecer as mães e pais, trocar ideias e informações. Por exemplo, um dos pais é dentista. E acredite que eu tirei mil dúvidas com ele sobre escovação para bebês. Outra mãe fabrica fraldas de pano. Outra eu não sei o que faz, mas ela tem ideias geniais de organização de mochila e itens pessoais. E eu preciso muito de orientação nesse item (acho seguro dizer que Lia é a criança com a mochila mais bagunçada do Jardim).
8. Conhecer a história de cada criança que está convivendo com seu neném. Lia chega em casa todo dia falando dos amiguinhos que eu ainda não conheci. É ótimo vê-los ao vivo! E cada neném mais lindo que o outro, né? Vontade de morder todos. Me contive, mas a vontade estava lá!
Eu não paro de ter certeza que a gente está no lugar certo =)
sábado, 15 de fevereiro de 2014
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014
Primeiro dia de aula
E eis que começamos uma nova fase de nossas vidas! Lia agora é uma menina devidamente matriculada no maternalzinho de uma escola cheia de amor.
Histórico
A escola se chama Jardim Curumim, um jardim de infância inspirado na Pedagogia Waldorf, que acolhe crianças com até 06 anos. Fica um pouco longe de casa, mas é metade do caminho entre Aflitos e Aldeia...então, apesar de ser longe, é o mesmo 'longe' pra qualquer lugar onde estejamos. Já ajuda no planejamento da rotina nossa de cada dia (que, cá entre nós, está realmente precisando ser planejada). Voltando ao Curumim! A escola fica na Caxangá, na rua do Hiper Bompreço. Ali, no meio daquele inferno recifense, existe um oásis de calmaria. O paraíso das crianças - e dos pais - que precisam sair de casa. Ali, nós encontramos a extensão do nosso lar.
Na primeira visita, Lia já adorou. Brincou muito, saiu louca para subir na casinha da árvore, adorou o parquinho com areia, os brinquedos de madeira e tecido (feitos à mão), a casinha de pano, os tocos de madeira (comidinha rs), o ninho do cochilo e, claro, as crianças e jardineiras. Depois desse dia, a gente voltou ainda duas vezes para visitar o Curumim e finalmente chegou o dia de levar Lia para seu primeiro dia de 'aula'.
Aula tem que vir mesmo entre aspas. Porque não é aula no sentido convencional da palavra. Não é um monte de criança que mal sabe andar já tendo tarefa de casa e lições meticulosas para tentar amontoar ali dentro daquela cabeça o máximo de informação possível. É aula no sentido de experiências de vida, onde a criança pode crescer e se desenvolver num ritmo mais lento do que a gente está acostumado nesse mundão competitivo. É correr, pular, brincar, se sujar, comer terra (no caso de Lia), pintar, sentir o cheiro da vida, o gosto, a sensação. É ser criança o dia todo, todos os dias. Aprender a comer sentada, aprender a conviver com outros seres vivos, compartilhar brinquedos, fazer xixi na privada, dar nó na roupa, fazer carinho nas pessoas...
Deu pra notar o quão apaixonados nós estamos? A escolha dessa escola foi a decisão mais fácil da vida rs Começou com a noção de que não queríamos um ensino tradicional pra Lia. Esse pensamento nos levou a pesquisar nossas opções. A princípio, não conhecendo o método Waldorf, ficamos com o pé atrás. Fomos nos informar, pesquisar, ler a respeito, conversar com mães e pais e nos sentimos cada vez mais seguros. Ficamos convictos de que precisava ser um Jardim Waldorf pra abrigar nossa filha. Fomos conhecer as opções das cidades: aqui são o Jardim Sartori (Aldeia), Jardim Maturi (Olinda), Jardim Curumim (Caxangá), Jardim Alecrim (Casa Forte) e Escola Waldorf do Recife (Rosarinho). Se estiver faltando alguma, podem me avisar! Por vários motivos, fomos levados ao Curumim. Um grande foi a linda Juliane Fuchs, nossa querida amiga, uma das Materneiras da escola. Afinal, se é pra deixar a menina com alguém, melhor que seja com uma pessoa em quem você confia 100%. Em dois segundos desenvolvemos laços de afinidade com as outras Jardineiras. Aí pronto, Lia foi pra lá. rs
Primeiro dia
Ela vai pro Curumim à tarde. Lá tem vários coleguinhas. Meninas e meninos lindos, sensíveis e engraçados. Já se meteu a brincar com todos rs
A terça-feira começou corrida. Lia ficou com minha sogra em Aldeia e nós fomos trabalhar. Deu a hora de ir pra escola e o trânsito de Recife não cooperou. Chegamos atrasado. Quase UMA HORA atrasados. Que bela maneira de começar o ano! Mas bom, chegamos, encontramos com Lia e jogamos ela no parquinho. Ela ficou tão animada em ver gente do tamanho dela que esqueceu que tinha pai e mãe. Acabou que a gente passou 30 minutos lá e resolvemos que era melhor ir embora do que ficar sendo ignorado pela criança. Então a gente tirou foto (ou tentou), deu beijinho (ou tentou) e fomos embora sem chorar (ou tentamos...). Brincadeira, ninguém chorou não.
E aí o que se sabe desse dia é que Lia ganhou o apelido de 'Ligeirinha'. Ela ainda precisa trabalhar na coordenação motora dela. Come direitinho mas não se senta pra comer - fica correndo de um lado pro outro ou fica de pé na cadeira. Beliscou frutas, mas queria mesmo era comer bolo. Bebeu bastante 'iaia' (água) e suco de maracujá. Já sabe o nome de uma coleguinha, Malu. Tem outra Lia na turma dela, e essa Lia é calma e observadora. O primeiro amiguinho a brincar com ela se chama Ilian. Ele chamou ela pra subir na casa da árvore. E tem um menino chamado João, que é mais velho e carinhoso. Diz que as meninas parecem princesas quando saem do banho e faz carinho das crianças que estão deitadas tirando um cochilo. Tem uma menina chamada Cecília que me lembra muito Lia - não sei porque ainda. E aí tem as Jardineiras e Marterneiras. Juliane e Diana cuidam dos pequenos. São serenas e conseguem se desdobrar em 40 para dar uma atenção especial a cada um dos bebês. Conceição é a Jardineira-mor. Dona da escola, ela é a simpatia em pessoa. E está sempre por lá, acolhendo pais e filhos. Lúcia também é Jardineira, um doce de mulher. Lia se derreteu no colo dela. Clara é bem dinâmica e divertida, dá pra notar que todas as crianças adoram estar perto dela. E eu repito. O Curumim é um lar.
Aí pronto de novo! Lia chegou em casa jantada, banhada e MORTA. Dormiu assim que chegou e ficou ansiosa para voltar no dia seguinte. Acordou mil vezes no meio da noite perguntando pelo coleguinhas, levantou cedo e não pregou o olho durante a manhã. Cochilou 15 minutos no carro, no caminho pra escola, e passou mais uma tarde linda no jardinzinho. E aí o trânsito da bestafera de Recife fez a gente demorar uma vida e uma morte pra chegar na escolinha. Ela sentou na cadeirinha do carro e dormiu. Tá desmaiada até agora lá no berço. =)
Fotos
(Perdoem as fotos terríveis que meu celular tirou)
Histórico
A escola se chama Jardim Curumim, um jardim de infância inspirado na Pedagogia Waldorf, que acolhe crianças com até 06 anos. Fica um pouco longe de casa, mas é metade do caminho entre Aflitos e Aldeia...então, apesar de ser longe, é o mesmo 'longe' pra qualquer lugar onde estejamos. Já ajuda no planejamento da rotina nossa de cada dia (que, cá entre nós, está realmente precisando ser planejada). Voltando ao Curumim! A escola fica na Caxangá, na rua do Hiper Bompreço. Ali, no meio daquele inferno recifense, existe um oásis de calmaria. O paraíso das crianças - e dos pais - que precisam sair de casa. Ali, nós encontramos a extensão do nosso lar.
Na primeira visita, Lia já adorou. Brincou muito, saiu louca para subir na casinha da árvore, adorou o parquinho com areia, os brinquedos de madeira e tecido (feitos à mão), a casinha de pano, os tocos de madeira (comidinha rs), o ninho do cochilo e, claro, as crianças e jardineiras. Depois desse dia, a gente voltou ainda duas vezes para visitar o Curumim e finalmente chegou o dia de levar Lia para seu primeiro dia de 'aula'.
Aula tem que vir mesmo entre aspas. Porque não é aula no sentido convencional da palavra. Não é um monte de criança que mal sabe andar já tendo tarefa de casa e lições meticulosas para tentar amontoar ali dentro daquela cabeça o máximo de informação possível. É aula no sentido de experiências de vida, onde a criança pode crescer e se desenvolver num ritmo mais lento do que a gente está acostumado nesse mundão competitivo. É correr, pular, brincar, se sujar, comer terra (no caso de Lia), pintar, sentir o cheiro da vida, o gosto, a sensação. É ser criança o dia todo, todos os dias. Aprender a comer sentada, aprender a conviver com outros seres vivos, compartilhar brinquedos, fazer xixi na privada, dar nó na roupa, fazer carinho nas pessoas...
Deu pra notar o quão apaixonados nós estamos? A escolha dessa escola foi a decisão mais fácil da vida rs Começou com a noção de que não queríamos um ensino tradicional pra Lia. Esse pensamento nos levou a pesquisar nossas opções. A princípio, não conhecendo o método Waldorf, ficamos com o pé atrás. Fomos nos informar, pesquisar, ler a respeito, conversar com mães e pais e nos sentimos cada vez mais seguros. Ficamos convictos de que precisava ser um Jardim Waldorf pra abrigar nossa filha. Fomos conhecer as opções das cidades: aqui são o Jardim Sartori (Aldeia), Jardim Maturi (Olinda), Jardim Curumim (Caxangá), Jardim Alecrim (Casa Forte) e Escola Waldorf do Recife (Rosarinho). Se estiver faltando alguma, podem me avisar! Por vários motivos, fomos levados ao Curumim. Um grande foi a linda Juliane Fuchs, nossa querida amiga, uma das Materneiras da escola. Afinal, se é pra deixar a menina com alguém, melhor que seja com uma pessoa em quem você confia 100%. Em dois segundos desenvolvemos laços de afinidade com as outras Jardineiras. Aí pronto, Lia foi pra lá. rs
Primeiro dia
Ela vai pro Curumim à tarde. Lá tem vários coleguinhas. Meninas e meninos lindos, sensíveis e engraçados. Já se meteu a brincar com todos rs
A terça-feira começou corrida. Lia ficou com minha sogra em Aldeia e nós fomos trabalhar. Deu a hora de ir pra escola e o trânsito de Recife não cooperou. Chegamos atrasado. Quase UMA HORA atrasados. Que bela maneira de começar o ano! Mas bom, chegamos, encontramos com Lia e jogamos ela no parquinho. Ela ficou tão animada em ver gente do tamanho dela que esqueceu que tinha pai e mãe. Acabou que a gente passou 30 minutos lá e resolvemos que era melhor ir embora do que ficar sendo ignorado pela criança. Então a gente tirou foto (ou tentou), deu beijinho (ou tentou) e fomos embora sem chorar (ou tentamos...). Brincadeira, ninguém chorou não.
E aí o que se sabe desse dia é que Lia ganhou o apelido de 'Ligeirinha'. Ela ainda precisa trabalhar na coordenação motora dela. Come direitinho mas não se senta pra comer - fica correndo de um lado pro outro ou fica de pé na cadeira. Beliscou frutas, mas queria mesmo era comer bolo. Bebeu bastante 'iaia' (água) e suco de maracujá. Já sabe o nome de uma coleguinha, Malu. Tem outra Lia na turma dela, e essa Lia é calma e observadora. O primeiro amiguinho a brincar com ela se chama Ilian. Ele chamou ela pra subir na casa da árvore. E tem um menino chamado João, que é mais velho e carinhoso. Diz que as meninas parecem princesas quando saem do banho e faz carinho das crianças que estão deitadas tirando um cochilo. Tem uma menina chamada Cecília que me lembra muito Lia - não sei porque ainda. E aí tem as Jardineiras e Marterneiras. Juliane e Diana cuidam dos pequenos. São serenas e conseguem se desdobrar em 40 para dar uma atenção especial a cada um dos bebês. Conceição é a Jardineira-mor. Dona da escola, ela é a simpatia em pessoa. E está sempre por lá, acolhendo pais e filhos. Lúcia também é Jardineira, um doce de mulher. Lia se derreteu no colo dela. Clara é bem dinâmica e divertida, dá pra notar que todas as crianças adoram estar perto dela. E eu repito. O Curumim é um lar.
Aí pronto de novo! Lia chegou em casa jantada, banhada e MORTA. Dormiu assim que chegou e ficou ansiosa para voltar no dia seguinte. Acordou mil vezes no meio da noite perguntando pelo coleguinhas, levantou cedo e não pregou o olho durante a manhã. Cochilou 15 minutos no carro, no caminho pra escola, e passou mais uma tarde linda no jardinzinho. E aí o trânsito da bestafera de Recife fez a gente demorar uma vida e uma morte pra chegar na escolinha. Ela sentou na cadeirinha do carro e dormiu. Tá desmaiada até agora lá no berço. =)
Fotos
(Perdoem as fotos terríveis que meu celular tirou)
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