tag:blogger.com,1999:blog-9467333023116720262024-03-13T04:12:32.720-07:00No País de LiaReinações de uma criançolaJuliahttp://www.blogger.com/profile/09080037857069075276noreply@blogger.comBlogger148125tag:blogger.com,1999:blog-946733302311672026.post-55757918818028290982016-12-05T10:10:00.002-08:002016-12-05T10:11:09.464-08:00Missão acadêmica<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">Nessa vida de pensar
no futuro de Lia - e, mais precisamente, no futuro escolar dela já que esse é o
futuro mais imediato - eu vejo como essa história de criar filho é difícil. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">Primeiramente porque
(fora Temer) encontrar uma escola nos padrões que a gente busca dentro de um
preço aceitável, perto de casa e que não exija passar a noite e o dia numa fila
de espera é uma missão. Dentro dessa lógica de educar crianças para o
vestibular, a onda de escolas-cursinho que adota crianças desde o maternal tá
uma praga na sociedade. Você junta com as opções religiosas e a limitação escolar
de Recife é pra matar a pessoa. E o resultado é que as escolas que fogem minimamente
de padrões tradicionais de ensino são uma verdadeira concorrência para vagas. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">Segundamente, e isso
pode ser uma complicação que eu me imponho, mas ter uma escola que incentive o
pensamento crítico com um viés de esquerda virou um critério. Eu percebo como
isso pode fazer uma diferença na vida da pessoa. Minha mãe,
conscientemente, me colocou em escolas não-tradicionais que tinham uma visão
bastante aberta. Foi ótimo ter meus ensinamentos de casa compartilhados pelos
professores e pela direção das minhas escolas. Fico só imaginando ser o único
aluno numa sala de aula que não acha que bandido bom é bandido morto. Lá vem
minha filha, que convive em movimentos sociais, já visitou quase todas as
comunidades da região metropolitana do Recife, tem mais tias e tios gays do que
hétero e canta musiquinha de resistência, estudar numa escolinha com
coleguinhas e professores (principalmente professores) sem visão social. É o
fim do mundo? Não. Seria ótimo evitar? Seria. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">Terceiramente,
quartamente, quintamente: desde quando <b>não</b>
oferecer refrigerante e salgadinho pra crianças de 04 anos no lanche virou
motivo de aplauso?! Eu ouço as
coordenadoras se orgulhando disso e penso se não é ÓBVIO que lanche coletivo não
deveria incluir essas coisas?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">Sextamente (na verdade, beeeem primeiramente): meu deus
que medo que ela sofra bullying =( <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">A sensação é que a
gente teve muita sorte com a primeira escolinha dela. A localização era
conveniente, a pedagogia é maravilhosa, o preço cabe no nosso orçamento, as
professora são amigas, a alimentação é natural e o espaço estava perfeito para
uma criança do jardim. Foi a única escola que a gente visitou na época e já
atendeu a todos os critérios e foram anos bem felizes. Eu sou muito grata por
ter tido um começo escolar tão bom pra Lia. Nenhum arrependimento. A vida é que
vai trazendo novos desafios. <o:p></o:p></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;">E eu sou muito chata
mesmo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background: white; color: #1d2129; font-family: "helvetica" , "sans-serif"; font-size: 10.5pt; line-height: 115%;"><br /></span></div>
Juliahttp://www.blogger.com/profile/09080037857069075276noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-946733302311672026.post-43193626927186277672016-05-15T10:43:00.000-07:002016-05-16T10:48:48.437-07:00Dias bons, dias não tão bons<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://2.bp.blogspot.com/-Z3S9oUrVbys/VzoH8-SLLlI/AAAAAAAAAaU/fqS1zGUiSwwACBgqG09F6oO8eK6FqjymACLcB/s1600/julia%2Be%2Blia%2B1000x666.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://2.bp.blogspot.com/-Z3S9oUrVbys/VzoH8-SLLlI/AAAAAAAAAaU/fqS1zGUiSwwACBgqG09F6oO8eK6FqjymACLcB/s1600/julia%2Be%2Blia%2B1000x666.JPG" /></a></div>
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Hoje foi um daqueles dias em que a gente senta na cama,
respira fundo e segura a cabeça com as mãos exaustas.<br />
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Já faz algum tempo que Lia não me dá tanto trabalho
consecutivo. Todos os dias temos os momentos difíceis, mas em geral eles não
duram muito tempo e ela tem uma capacidade de atenção maior para escutar,
entender e se recuperar de um ‘tantrum’. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Mas de tempos em tempos ainda passamos por aquele dia do
cão, onde nada satisfaz completamente, onde ela está impaciente e agoniada e
super propensa a implicar com tudo que se diz ou se faz. Parece que, nesses
dias, o mundo entra em complô com ela e tudo dá errado. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Hoje Lia já acordou mal-humorada, que por si só já é algo
raro. Por sorte ela é uma criança que acorda bem simpática e animada (às 5:30
da manhã, meu deus), mas hoje ela acordou choramingando e dizendo que estava
com fome, mas não aceitando comer nada que era oferecido. A manhã variou entre momentos que ela fazia alguma trela perigosa (do tipo ficar
pulando de sofá pra sofá ou tentando escalar a estante), eu reclamava e pedia
pra parar, ela continuava, eu reclamava mais, ela continuava e, como não estava
prestando muita atenção no que estava fazendo, caia e chorava. Ou então eu
perdia a paciência, reclamava num tom mais alto e ela chorava porque estava
levando carão. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Resolvi tirar ela de casa depois do café da manhã e fomos ao
parquinho que fica na nossa rua, mas estava quente e ela não curtiu brincar no
calor. Então voltamos pra casa, estressadas e suadas, pra tomar banho e nos arrumar para ir almoçar.
Ela se acalmou na hora do banho, brincou bastante, mas deu trabalho na hora de
se vestir, rolando de um lado pro outro, não querendo pentear o cabelo,
rebuliçando mesmo. Ela ficou grudada comigo enquanto eu me vestia (literalmente
pendurada na minha perna) e – claro – derramou suco na cama que havia acabado
de ser forrada com lençóis limpinhos. <o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O almoço correu bem, mas ela não queria comer sozinha e
também não queria que ninguém desse a comida para ela – só eu. Lá vai a mãe dar
comidinha beeeem devagarzinho, no passo do neném, enquanto lia historinha e
passava fome. Acabou o almoço de Lia, fui fazer o meu prato e comer com ela no
colo, conversando sem parar e pedindo pra ir brincar. Depois do almoço fomos no
Recife Antigo, onde ela se animou bastante, principalmente porque estava
chegando perto da principal expectativa do dia: o aniversário de Dante. Mas
claro, como tudo nesses dias tem que dar errado, o carro quebrou. E Lia, que
não tem obrigação nenhuma de entender que carros quebram e planos mudam contra
nossa vontade, ficou arrasada quando acordou em casa do seu cochilo e descobriu
que não íamos para o aniversário mais. Fui tentar animar ela fazendo *sessão
pipoca* na cama – e deu certo...pra ela. Pra mim não tanto, já que ela derramou
pipoca pelo menos quatro vezes. Em algum momento aí também rolou um episódio de
toddynho derramado, muita tristeza e xixi escapulido. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Completamente exausta,
respirei fundo e resolvi que ia fazer o banho mais relaxante da face da terra para
aquela criança. Diminui as luzes, coloquei água quentinha na banheira e dei um
banho completo com massagem de cabeça e musica Tibetana (sério). Enrolei ela na
toalha e levei pro quarto ainda escuro, e fiquei segurando ela na cama,
cantando musiquinha baixinho e fazendo cafuné até ela adormecer nos meus braços
(demorou bastante, eu precisei lembrar de respirar fundo várias vezes) e o dia, graças a deus, acabou de forma menos
histérica. <o:p></o:p></div>
Juliahttp://www.blogger.com/profile/09080037857069075276noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-946733302311672026.post-71387399556788866692016-04-25T07:42:00.000-07:002016-04-25T07:43:49.655-07:00EXTRA! EXTRA!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-_bqUjswco5M/Vx4tG4z3INI/AAAAAAAAAZw/iiBvF1remBMYvCThGAfiFoW9KI7AwfpLgCLcB/s1600/globo1%2Bcopy%2B2.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://3.bp.blogspot.com/-_bqUjswco5M/Vx4tG4z3INI/AAAAAAAAAZw/iiBvF1remBMYvCThGAfiFoW9KI7AwfpLgCLcB/s1600/globo1%2Bcopy%2B2.JPG" /></a></div>
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;"><br /></span>
<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: "helvetica" , "arial" , sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;">Essa semana tá saindo matéria sobre o blog de Lia no G1 =)</span>Juliahttp://www.blogger.com/profile/09080037857069075276noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-946733302311672026.post-23829657115250812082016-04-19T07:45:00.000-07:002016-04-25T07:46:23.877-07:00Post Pílula nº3<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
Acordar às 6:00 da manhã com um lençol puxado sobre minha cabeça e uma companheira de 'cabaninha':</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-top: 6px;">
- Ô mamãe, vamo brincar de se esconder, vamo?</div>
Juliahttp://www.blogger.com/profile/09080037857069075276noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-946733302311672026.post-50764376235134742212016-04-18T07:45:00.000-07:002016-04-25T07:46:16.348-07:00Post Pílula nº 2<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
- Mamãe, posso te ajudar a fazer café da manhã? Eu sou uma ajudante inquível.</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-top: 6px;">
<a class="_58cn" data-ft="{"tn":"*N","type":104}" href="https://www.facebook.com/hashtag/leonina?source=feed_text&story_id=10207780870932513" style="color: #3b5998; cursor: pointer; text-decoration: none;"><span aria-label="hashtag" class="_58cl" style="color: #627aad;">#</span><span class="_58cm">Leonina</span></a></div>
Juliahttp://www.blogger.com/profile/09080037857069075276noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-946733302311672026.post-44478923709037121842016-04-15T07:22:00.000-07:002016-04-25T07:22:45.776-07:00A sereia sem braço<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
Uma das bonecas preferidas de Lia é uma sereia que, hoje em dia, não tem mais cabeça e nem calda. Eis que a sereia passou por um acidente envolvendo uma gata raivosa e perdeu um dos braços. Lia trouxe ela pra ~médica~ e lá fui eu consertar o braço da boneca. Acabou que só dava pra colar com super bond e o braço, óbvio, parou de mexer.</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
- Filha, tá aqui. Mas o braço direito dela não vai mexer mais, tá? Mamãe precisou colar.</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
- Pobre sereia </div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br /><i class="_4-k1 img sp_fM-mz8spZ1b sx_d55a98" style="background-image: url("/rsrc.php/v2/yx/r/pimRBh7B6ER.png"); background-position: 0px -119px; background-repeat: no-repeat; background-size: auto; display: inline-block; height: 16px; vertical-align: -3px; width: 16px;"><u style="left: -999999px; position: absolute;">frown emoticon</u></i></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Lia ficou um pouquinho chateada com a sina da sereia, então fui tentar consolar</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
- Filha, mas não tem problema. Ela tem outro braço que funciona direitinho! Tem muita gente que também só tem um braço e continua vivendo e brincando e fazendo tudo! (mãe aproveita qualquer oportunidade, né)</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
- Mas essas pessoas têm cabeça, não é?</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
- É, têm sim..</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
- E rabo?</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
- Não, aí só sereias.</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Respirou fundo -- e eu também, pra não começar a rir -- e foi brincar. 20 minutos depois, escuto ela em diálogo entre os bonequinhos</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
- ‘Não diga isso, não é porque eu não tenho baços que eu não posso dançar! Eu posso tudo!’/ ‘Não, bocê não pode!’ / ‘Posso sim!’/ ‘Não pode!’/ ‘Posso sim, eu sou adolecente!’</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-top: 6px;">
Deus me ajude nessa adolescência vindoura...</div>
Juliahttp://www.blogger.com/profile/09080037857069075276noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-946733302311672026.post-67317833072600643632016-03-20T07:24:00.000-07:002016-04-25T07:24:44.855-07:00Obrigada mas eu quero<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
Estavamos na <a class="profileLink" data-hovercard="/ajax/hovercard/page.php?id=115144045178832" href="https://www.facebook.com/livrariacultura/" style="color: #3b5998; cursor: pointer; text-decoration: none;">Livraria Cultura</a> algumas semanas atrás e Lia tava grudada num bichinho de pelúcio hiper mega fofinho (e caro), tentando me convencer a levá-lo pra casa. Fui olhar o preço e SOCORRO R$40,00. Devolvi pra ela guardar.</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
- Filha, muito caro! Não vamos levar ele hoje, tá bom?<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
- Ahh obigada, mas eu quero <i class="_4-k1 img sp_fM-mz8spZ1b sx_d580ab" style="background-image: url("/rsrc.php/v2/yx/r/pimRBh7B6ER.png"); background-position: 0px -170px; background-repeat: no-repeat; background-size: auto; display: inline-block; height: 16px; vertical-align: -3px; width: 16px;"><u style="left: -999999px; position: absolute;">grin emoticon</u></i></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-top: 6px;">
</div>
<div>
<div style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-top: 6px;">
<br /></div>
</div>
E deu meia volta como se eu nada tivesse dito.Juliahttp://www.blogger.com/profile/09080037857069075276noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-946733302311672026.post-5477437150142566792016-03-20T07:23:00.000-07:002016-04-25T07:23:59.180-07:00Lívito<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
- Mamãããããe, bocê tem que falar com vovó Ana! </div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
<br />- Que foi, filha?<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
- É que ela não me deixou ver o lívito!<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
- Não te deixou ver o que?<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
- O lívito!<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
- Não entendi, filha. O que que ela não te deixou ver?<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
- O líííívito! LÍ-VÍ-TÚ!<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
- Mãe? O que foi que Lia queria ver e tu não deixou?<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
- Nada menina, ela tava aqui doidinha pra ver o vômito de Ágata e eu doidinha pra limpar.</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-top: 6px;">
</div>
<div>
<div style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-top: 6px;">
<br /></div>
</div>
~lívito~Juliahttp://www.blogger.com/profile/09080037857069075276noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-946733302311672026.post-30555868134219319762016-03-18T07:25:00.000-07:002016-04-25T07:25:51.016-07:00Gente doida<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
Hoje rolou um fato chatinho que eu fiquei ponderando se compartilhava ou não. Estou longe de acreditar que seja a norma comum da galera pró-impeachment, mas o fato é que aconteceu e mostra o quão sem noção as pessoas podem ficar quando entram nessa onda de ódio coletivo (dos dois lados). Então, como forma de pedir MENOS INTOLERÂNCIA POR FAVOR, vou escrever estilo historinha de Lia.</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Hoje Lia e eu saimos de casa de camisa vermelha. A cor 'fefelida' de Lia é amarelo e a minha é vermelho (e a de papai é verde, e a de vovó Eine é azul, e a de Laninha é rosa e por aí vai), e ela aponta isso a torto e a direito. Saimos de casa e fomos pra parada de ônibus, porque hoje ela foi brincar na casa de um amiguinho. Eu estava NAQUELA vibe de mãe: segurando ela no colo, a minha bolsa, a bolsa dela, uma sombrinha e uma garrafinha de água. E lá vinha o Rio Doce/CDU, lá loooonge, e Lia feliz da vida colocando o dedinho pra fora pra pedir parada.</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
Eis que passa um homem grisalho, com roupa de estava-caminhando-no-parque e esbarra em mim. Mas esbarrou com TANTA força que eu derrubei a garrafinha de água no chão. Ele estava vindo por trás de mim, então eu imaginei que foi sem querer. Apanhei a garrafinha do chão (haja agachamento) e, quando me levantei, olhei pra ele - que já estava lá na frente, olhando pra trás - e recebi um "porca petralha" resmungado. Eu fiquei tão chocada que só fiz abrir a boca. O ônibus passou logo em seguida, a gente subiu, e Lia me pergunta com cara de trelosa:</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
- Mamãe, por que aquele homem chamou bocê de porca? Bocê se esqueceu de tomar banhinho hoje, não foi mocinha?!</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-top: 6px;">
Pior que não!!! Passei até desodorante, Tetê!!!</div>
Juliahttp://www.blogger.com/profile/09080037857069075276noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-946733302311672026.post-85159220468765275742016-03-09T07:26:00.000-08:002016-04-25T07:26:45.915-07:00Historinha do dia<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
<span style="line-height: 19.32px;">Um papai estava falando pro seu filhote cabeludo que ele precisava cortar o cabelo senão as pessoas iam começar a achar que ele era menina. Lia escutou, né. Marchou pra perto dos dois e, com dedo em riste, meteu o bedelho</span></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
- MENINO TAMBÉM TEM CABELO GANDE PURQUÊ MEU AMIGO MATIAS TEM CABELO GANDE E ELE É MENINO E EU TENHO CABELO GANDE E SOU MENINA MAS EU SOU ADOLESCENTE!</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-top: 6px;">
E eu, que estava distraida comprando pão na hora, só percebi o bále que ela tava dando no desconhecido quando escutei aquela voz de piolho prendendo os 's' pra cima da população. Mistura de orgulho com ~meu deus~. O pai saiu rindo amarelado, o menino saiu sorrindo felizaço. Eu fiquei segurando o riso pra não tirar a moral da ~adolescente~ que voltava com um bico do tamanho do mundo pra exigir a paçoca dela.</div>
Juliahttp://www.blogger.com/profile/09080037857069075276noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-946733302311672026.post-32177002109711613762016-02-29T07:27:00.000-08:002016-04-25T07:28:05.047-07:00O Circo<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
Lia e Alana brincando de circo, chamam Gilberto para a brincadeira.</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-top: 6px;">
A: Eu sou o leão, raaaaaaaaaaaaaaaaaar<br />
G: E eu sou quem?<br />
A: Você é o domador do leão, Tio Teto!<br />
G: E Lia, é quem?<br />
L: (para pra pensar) O respeitável público! :D</div>
Juliahttp://www.blogger.com/profile/09080037857069075276noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-946733302311672026.post-85651569896701462682016-02-13T07:28:00.000-08:002016-04-25T07:28:40.886-07:00Coração cagão<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
Lia brincando de doutora, coloca o telefone no meu peito:</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-top: 6px;">
- Eu acho que o seu coração tá doentinho<br /></div>
<div>
<div style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-top: 6px;">
- É filha? Por que ele tá doentinho?<br /></div>
</div>
<div>
<div style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-top: 6px;">
- Porque ele tá doentinho!<br /></div>
</div>
<div>
<div style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-top: 6px;">
- Mas o que ele tem?<br /></div>
</div>
<div>
<div style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-top: 6px;">
- Hmmmmm...acho que ele tá com dor de barriga! LEVE ELE JÁ PRO PINIQUINHO!</div>
</div>
Juliahttp://www.blogger.com/profile/09080037857069075276noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-946733302311672026.post-12711832798031146472016-02-02T07:29:00.000-08:002016-04-25T07:29:54.258-07:00Rosana?<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
Passamos em frente à Igreja dos Aflitos no domingo e estava tendo missa. </div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
O coro cantando altíssimo HOSANA, HOSANA NAS ALTUUUUUUUUUUUUURAS e Lia vira pra mim:</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-top: 6px;">
- Quem é Rosana?</div>
Juliahttp://www.blogger.com/profile/09080037857069075276noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-946733302311672026.post-10069331720305502012016-01-28T07:31:00.000-08:002016-04-25T07:31:25.814-07:00Post pílula<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;">Lia chegou aqui do meu lado pra me mostrar os filhinhos dela. Eles são gênios idênçicos.</span>Juliahttp://www.blogger.com/profile/09080037857069075276noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-946733302311672026.post-80986570534047949932016-01-28T07:29:00.000-08:002016-04-25T07:30:50.519-07:00Historinha do orgulho<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
Lia se enrolou toda num lençol e saiu desfilando pela casa dizendo que era o vestido de princesa. Chegou na sala e se jogou nos braços de Giba pra brincar.</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
- Tetezinha, tu é uma princesa é?<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
- Sooooooou *-*<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
- E quem é teu príncipe?<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
- Ô papai, eu não preciso de píncipe!</div>
<div>
<br /></div>
<span style="color: #627aad; font-family: helvetica, arial, sans-serif;"><span style="background-color: white; font-size: 14px; line-height: 19.32px;">#WIN!</span></span>Juliahttp://www.blogger.com/profile/09080037857069075276noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-946733302311672026.post-79754568214748138782016-01-10T07:31:00.000-08:002016-04-25T07:32:10.418-07:0010 de Janeiro<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
Eu lavando prato e Lia marchando pela casa, cantando</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; display: inline; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-top: 6px;">
- Era uma vez um ratinho que morava no suvaquinho e todos os dias comia queijiiiiiiiiiiiinho! E soltava punzinho e soltava arrotinho e também soltava beijiiiiiiinhooooo</div>
Juliahttp://www.blogger.com/profile/09080037857069075276noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-946733302311672026.post-36724753014146510312015-12-28T07:33:00.000-08:002016-04-25T07:33:30.945-07:00Recriminando! Socorro!<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
Sábado à noite minha mãe me deu um vale-saída (♥ ;) ) e ficou com Lia por algumas horas. Tudo certo até chegar a hora de dormir. Depois de séculos de historinhas, musiquinhas, ninar, musiquinha de novo, Lia finalmente estava adormecendo na cama. Aí veio aquele espirro incontrolável e minha mãe soltou um 'atchim' baixinho. Claro que Lia abriu o olho na mesma hora. Impaciente, vira pra minha mãe e diz:</div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px;">
<br /></div>
<div style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px; margin-bottom: 6px; margin-top: 6px;">
- Pronto, acordou a criança! ¬¬'</div>
Juliahttp://www.blogger.com/profile/09080037857069075276noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-946733302311672026.post-7160291831624789312015-12-25T07:33:00.000-08:002016-04-25T07:34:02.050-07:00Procurandon Nemon<span style="background-color: white; color: #141823; font-family: helvetica, arial, sans-serif; font-size: 14px; line-height: 19.32px;">Lia pediu para ver a história de Nemon. Sabe, aquela história que o homem pega o Nemon e leva ele embora e aí o papai do Nemon vai com a amiguinha Doriana salvar ele do aquareon.</span>Juliahttp://www.blogger.com/profile/09080037857069075276noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-946733302311672026.post-9841722713889836192015-02-20T04:28:00.003-08:002016-04-25T07:18:27.287-07:00Vira um passarinho<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="http://3.bp.blogspot.com/-82C9d5PIaXM/VOcoPAXGAeI/AAAAAAAAAYQ/dcthR0JPFuc/s1600/bluebirds-in-flight.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="425" src="https://3.bp.blogspot.com/-82C9d5PIaXM/VOcoPAXGAeI/AAAAAAAAAYQ/dcthR0JPFuc/s1600/bluebirds-in-flight.jpg" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">funchap.com</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<br />
- Tudo é possível?<br />
- Sim.<br />
- Quer dizer que é possível você virar um passarinho agora mesmo e sair voando?<br />
- éééér...sim. É possível.<br />
- Então vai, vira aí um passarinho.<br />
(silêncio)<br />
- Eu não posso.<br />
- Então não é possível.<br />
<br />
Até hoje me lembro de uma aula de filosofia que assisti na 4ª série. Durante um hiato de 6 meses em que viemos viver no Brasil, fui colocada em uma escola de freiras onde, vocês podem imaginar, a educação era bem tradicional. Por sorte foram só 06 meses. Durante essa aula, o professor foi de aluno em aluno com a seguinte pergunta: Você acha que tudo é possível?<br />
<br />
E eu me lembro que todos nós, sem exceção, dissemos que sim. E ele pediu para justificarmos e houve uma explosão de justificativas lindas de crianças de 11 anos. Aí então ele foi de aluno em aluno, perguntando novamente se tudo era possível. Mediante as respostas afirmativas, ele voltava com "Quer dizer que é possível você virar um passarinho agora mesmo e sair voando?". O que responder? Oras, para não perder a moral, responde que sim! E aí o professor volta com "Então vai, vira aí um passarinho". E todos os alunos, todas aquelas crianças de 11 anos, que acreditavam sinceramente que tudo era possível, no auge da fertilidade de suas imaginações, se viram obrigados a dizer que não era possível.<br />
<br />
Eu não me lembro do restante da aula, não lembro qual era o objetivo que ele tinha de discussão e muito menos o que aprendi de positivo nesse dia. Lembro que, depois disso, virou uma febre na sala de aula de dizer que as coisas não eram possíveis. As brincadeiras, por um tempo, deixaram de ser fantasiosas e viraram duras e reais, baseadas em o que era plausível. Foram meses até que se abrandassem e voltassem a ser relativamente mirabolantes.<br />
<br />
Durante muito tempo pensei nessa pergunta, ainda criança, e fiquei imaginando maneiras de virar um passarinho para provar a ele que ele estava errado. Que tudo era, sim, possível. Porque na imaginação de uma criança, tudo é possível. E isso não é assunto para professor questionar jamais.<br />
<br />
Por essas e outras nós já sabíamos que Lia não estudaria em uma escola tradicional. Tirando essa experiência, eu tive a sorte de passar meu ensino fundamental sempre em escolas alternativas. Giba não teve tanta sorte e passou a vida detestando ir à escola, sofrendo com a falta de incentivo criativo dentro do sistema de ensino e se desinteressando por tudo que viesse desse ambiente. Ele, que hoje vive com o nariz colado dentro de livros e faz mestrado em Letras, até o final da adolescência destetava ler. Quer dizer, de que adianta essa ansiedade toda pra ensinar as crianças a lerem com 02 anos de idade se de ali em diante vai virar uma obrigação e não um prazer? E de que adianta passar no vestibular - foco-mór da vida desde que se entra no maternalzinho - se se passou 16 anos vivendo infeliz? Aprendeu o que pra vida?<br />
<br />
Isso sem falar no desrespeito total à individualidade e ao tempo de de cada aluno (até parece que nasce todo mundo com o cérebro de fábrica que absorve tudo no mesmo ritmo e frequência), ao estresse que se impõe com as avaliações, ao desamparo do sistema, à indiferença do corpo docente, à falta de inclusão dos que não acompanham o padrão imposto pelas escolas. Resulta em? Um monte de gente insegura e insatisfeita com a vida, que precisa esperar anos para ter o direito de se descobrir. Que precisa de um tempo para respirar e pensar no que querem. Que precisam se dar o direito de se inventar e reinventar porque, bicho, passar esse tempo todo comparado e forçado a ser igual a todo mundo não é fácil. Às vezes tem os que descobrem mais tarde que querem ir pra faculdade, outros que descobrem que nunca quiseram, outros que precisam sair do país para se encontrar. Não importa quando ou como, o importante é buscar se realizar. Mas bem que eles podiam ter o direito de fazer isso durante a escola, né não?<br />
<br />
Haja culhão pra lidar com tanta caixinha de ferro.<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />
<br />Juliahttp://www.blogger.com/profile/09080037857069075276noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-946733302311672026.post-56336330505168961242015-02-09T12:12:00.004-08:002016-04-25T07:18:44.455-07:00Confiança é uma arte<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-4vF8BKjkvbM/VNkUbOnsQsI/AAAAAAAAAYA/4esSxJk4Drs/s1600/296237_2292641148271_723302820_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="424" src="https://4.bp.blogspot.com/-4vF8BKjkvbM/VNkUbOnsQsI/AAAAAAAAAYA/4esSxJk4Drs/s1600/296237_2292641148271_723302820_n.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Dia desses eu estava procurando um texto para me sentir
melhor após o que só poderia ser descrito como um ataque de nervos. Um assunto
levou a outro e me deparei com um especificamente que falava sobre a
experiência de relacionamento de uma mulher com um de seus namorados. Ela se intitulava
de conflituosa e complicada, sempre encontrando problemas em seu
relacionamento, explodindo de fúria e depois se sentindo culpada pois
acreditava que era tudo uma tempestade criada por ela. Creiam que eu me
identifiquei com ela. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Mas não me vi atualmente, e sim antigamente. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Uma pessoa que, em todos os seus relacionamentos
interpessoais, se sentia responsável por criar os conflitos internamente e
descontá-los nos outros. Sempre a pessoa que pedia desculpas primeiro, morrendo
de ansiedade para que aquele mal-estar acabasse. Sempre acreditando que estava
errada ou exagerada. Em alguns momentos eu realmente estava muito errada, mas
nós não estamos falando de uma pessoa com visão crítica de situações em que se
via errada e outras na razão. Estamos falando de TODAS as situações eu me vendo
errada. Com o passar do tempo, aprendi a dominar meus sentimentos de raiva,
injustiça ou ciúmes e não expô-los. Como aquela <a href="http://blogpraposteridade.blogspot.com.br/2015/01/sobre-delicadeza.html" target="_blank">moça no ônibus</a>, aprendi a viver
em uma aparente indiferença, inabalável e sempre positiva. Escutava
pacientemente as reclamações e, muito calma, me desculpava por incômodos. Fazia
o possível para não guardar rancor. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Depois de um tempo, comecei a acreditar que as ações dos
outros eram fruto de posturas minhas, e me sentia culpada pela dor que essas
pessoas me faziam sentir. E me sentia culpada porque supostamente havia
provocado essa ação por parte delas. Mas, quem olhasse, não via isso. Do lado
de fora eu era imbatível e segura. Por dentro, estava sempre desmoronando. Comecei a ranger os dentes enquanto dormia e a
ter sonhos cada vez mais violentos. Roía as unhas e a pele dos dedos e também
mordia a bochecha por dentro da boca. Em um dado momento, cheguei a desenvolver
gastrite e notei que meu cabelo estava caindo mais do que o normal. Quem mais
sofreu com isso foi minha mãe, que muitas vezes recebia reações
desproporcionais, fruto de inúmeros estresses reprimidos. Como boa mãe, nunca
deixou de me amar por isso, mas teve muita preocupação. Também me reprimia um pouco, certamente porque
vivia escutando gritos em cima de gritos, e me perguntava onde estava aquela
criança educada que nunca levantava a voz. Essa criança estava ocupada sendo
educada com o resto do mundo. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Resultado: eu mesma não me aguentei e fiz terapia. E foi
preciso muitas horas de conversa para começar a me sentir confortável com meus
sentimentos e confiante em mim mesma. O primeiro embate que eu tive com um
namorado e precisei segurar o tranco para não ceder à pressão de me desculpar e
acabar logo a briga foi um inferno para mim. Poucas coisas poderiam ser menos
confortáveis. Aos poucos, fui me sentindo menos ameaçada pela raiva que poderia
elucidar nas pessoas. Comecei a internalizar que precisava tomar meu próprio
partido e defender minhas causas. </div>
<div class="MsoNormal">
Comecei a me preocupar menos com ser educada
e mais com ser confiante. Às vezes chegava até a ser grosseira. E comecei a me sentir melhor. Notei que diálogos
funcionam melhor do que ficar calada, mesmo que sejam desconfortáveis. E
encontrei uma força para me impor onde achar necessário. Parei de me vitimizar
para mim mesma e assumi uma postura de auto respeito. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
E depois veio Lia, e minha coragem a autoconfiança cresceu
em milhares de porcentos. Seja pela consciência sobre humana que eu tenho de
que preciso ser um exemplo para ela, seja pelas mudanças que ela trouxe em mim.
Não sei se, sozinha, ela teria sido cura para minha passividade, mas acredito
que sim. Essa transformação de mulher para leoa quando se vira mãe é chocante.
De toda forma, sou feliz que não esperei até Lia para mudar minhas atitudes. Feliz
que já havia eliminado muitas das minhas dúvidas em relação a mim mesma quando
ela veio ao mundo.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Às vezes as pessoas ainda estranham. E eu sou bem feliz em
poder dizer que isso não me incomoda nem um pouco. Hoje em dia, não tem
vergonha no mundo que me faça poupar uma reclamação. Ainda existe medo em me
sentir culpada ou errada, mas ele fica bem mais distante. Às vezes saio tão abalada de confrontos que me tranco no banheiro e começo a chorar. Mas não recuo. Cansei de carregar
anseios e receios e cansei muito de fazer meu corpo passar por tensão reprimida.
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
Quando penso nessa parte de mim, me pergunto se é
uma questão de gênio ou se foi falta de incentivo enquanto estava crescendo.
Talvez um pouco dos dois. E me pego sempre preocupada em mostrar a Lia que ela
pode, e deve, se defender sempre. Principalmente por ser mulher, a imposição
contra o abuso – físico, psicológico, moral - deve ser constante. Mas como é delicado esse equilíbrio! Ensinar a
uma criança que ela precisa respeitar a vulnerabilidade do próximo, contanto
que não esteja agredindo ela de qualquer forma. Ajudar ela a controlar a
brabeza em alguns momentos mas preservá-la em seu cerne durante toda a vida. O
resultado de apagar esse fogo pode ser devastador. <o:p></o:p></div>
Juliahttp://www.blogger.com/profile/09080037857069075276noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-946733302311672026.post-42861996692156013012015-01-30T09:01:00.002-08:002016-04-25T07:18:50.725-07:00Ciumentando <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-7-gV8H0pb5Q/VMu417mGbZI/AAAAAAAAAXw/ncwj0bTK-JI/s1600/DSC_0031%2Bcopy%2B2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="539" src="https://4.bp.blogspot.com/-7-gV8H0pb5Q/VMu417mGbZI/AAAAAAAAAXw/ncwj0bTK-JI/s1600/DSC_0031%2Bcopy%2B2.jpg" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Minha menina anda crescida. Já come sozinha, passa xampu
sozinha e reclama sozinha também. Certo
dia estava ajudando a avó a dobrar paninho quando ouviu o telefone tocando. A
avó atendeu, e entre papos e risadas soltou o nome da amiga que estava do outro
lado da linha. Cecília. Minha menina, sempre atenta, se voltou para a avó e com
a voz toda braba reclamou: NÃO! Cecília é MINHA amiga! <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A avó explicou, “Não, querida. É outra amiguinha. Essa
Cecília é de vovó”. Não houve acordo. Chateada e possessiva, saiu do quarto e
passou resmungando pela cozinha. Atravessou o quintal e chegou à nossa casa,
onde encontrou o pai. Encarou-o e disse com firmeza, “Cecília é MINHA amiga!”. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
O pai, sem entender, apenas concordou e assistiu enquanto
ela apanhou o telefone e demandou: “Liga aqui pra Cecília”. <o:p></o:p></div>
Juliahttp://www.blogger.com/profile/09080037857069075276noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-946733302311672026.post-320374073442706752015-01-23T13:10:00.001-08:002016-04-25T07:18:57.829-07:00Sobre delicadeza<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="http://4.bp.blogspot.com/-L1kbntty6dw/VMK4rIJ3mkI/AAAAAAAAAXg/Ct2IA2OofEw/s1600/DSC_0214%2Bcopy.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="425" src="https://4.bp.blogspot.com/-L1kbntty6dw/VMK4rIJ3mkI/AAAAAAAAAXg/Ct2IA2OofEw/s1600/DSC_0214%2Bcopy.JPG" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Caminhando para casa, parei em uma praça e vi um casal de
jovens sentados em um banco. Em dado momento, pararam de se beijar graças a um telefone tocando. Era do jovem, uma outra menina. Fiquei sabendo graças à
saudação calorosa que ele estava berrando aos quatro ventos. E vi também a
expressão rápida, quase imperceptível, de dor física que a jovenzinha que estava
com ele soltou involuntariamente. Em uma fração de segundo ela se recuperou e ninguém
no mundo poderia desconfiar que estava sentindo algo. Sua expressão era de
normalidade total, um ar de feliz indiferença. Levantou-se, comprou uma água e voltou para o
banquinho. Ele havia acabado a conversa. Com um sorriso no rosto, ela perguntou
quem tinha sido. Ele respondeu, ela sorriu, ele abriu o celular para checar se
havia recebido mensagem. Vi ela se controlar para não olhar e forçar a cabeça
para o lado oposto com uma naturalidade incrível, enquanto tomava um gole de
água. Ele guardou o celular e voltaram aos amores. Logo tocou novamente, era
outra mensagem. Não fiquei para ver o desenrolar, mas imagino que ela tenha continuado
com sua segura naturalidade. Por chance, ela acabou na mesma parada e subiu no mesmo ônibus que
eu. Estava com um olhar oco, como quem está arrancando farpas de dentro da pele
e sofrendo com cada puxada de ar. Não estava chorando, mas estava visivelmente
triste. Passei a viagem inteira olhando para ela. <o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Me vi nessa menina. Hoje em dia, olho e vejo todos nós nela.
Os sofrimentos calados, a leveza forçada, todo um mecanismo de convencer ao
público e a nós mesmos que não somos afetados por mediocridades. <o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Ao primeiro olhar, as pessoas parecem normais e completas,
sem traumas e sem dores, esbanjando confiança e felicidade. Uma multidão de
pessoas bem resolvidas, com relacionamentos saudáveis, milhares de amigos, zero
preocupações e absolutamente nenhuma dívida. Um mundo de pessoas fortes, que
não levam desaforo para canto nenhum. Pelo contrário, retrucam e saem de
confrontos totalmente desabaladas. <o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Essa persona é fácil de encarnar. Basta colocar um sorriso
no rosto (irônico ou não), menosprezar tudo e fingir que nada pode magoar você.
Você é blasé, você não se afeta, tudo bate no seu couro e faz cócegas. E a
grande maioria de nós utiliza desses recursos para viver, supostamente, com o
mínimo de cicatrizes emocionais possível. Se resguardando da vergonha, da
exposição, desse sentimento de nudez da alma. <o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Essa persona pode parecer que facilita a vida. Nos exime da
vulnerabilidade do ser. De mostrar nossos conflitos, inseguranças, usar o
coração na manga e deixar os sentimentos transparecerem. Mais fácil do que se
deixar sentir em público.</div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Mas não deveríamos querer fugir da nossa vulnerabilidade. Nossa
humanidade é imperfeita, precisamos dessa falta de lapidação. Chorar, sentir
raiva, sentir amor, sentir alegria com besteirinhas, esses e mais centenas de
sentimentos que precisam ser repreendidos dia após dia são, na verdade, o que
dá o sabor à experiência de viver. Ser emocionalmente desapegado não é benéfico
para si e para o mundo que olha para você. Talvez pensar quinze vezes antes de
falar o que sente não seja o melhor conselho. Talvez falar o que está
sentindo e esperar a reação sincera – positiva ou negativa – seja a </div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
melhor opção.
Não é a mais fácil, mas é a melhor. E nem todos vão aceitar. Pessoas se
assustam, não sabem como reagir e aproveitam a oportunidade para se
sentirem superiores. Como se um sentimento fosse passível de tornar uma pessoa
ridícula. Nenhum ser humano é ridículo. Ou melhor, nós todos somos
ridículos. Não precisamos sentir vergonha disso. <o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<div style="text-align: justify;">
Talvez a fortaleza emocional dos filhos que queremos criar
esteja incutida nessa liberdade para sentir, expressar e se expor sem medo de
sermos vistos como fracos. Crianças conectadas com seus sentimentos se tornam
adolescentes mais confiantes e adultos mais corajosos. Pessoas mais generosas e
suaves para com o próximo. Existe uma força que deve ser explorada dentro da
fragilidade de cada um de nós. <o:p></o:p></div>
</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Juliahttp://www.blogger.com/profile/09080037857069075276noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-946733302311672026.post-41377372744128745842014-11-12T11:07:00.002-08:002016-04-25T07:19:05.009-07:00Planos pro futuro<div class="MsoNormal">
Meus planos pro futuro já estão prontos. Quero me dedicar
mais à minha filha, leva-la ao colégio, busca-la ao fim do dia, dar banho,
preparar todas as suas refeições, brincar, ensinar e pô-la pra dormir. Nas
horas vagas, vou aproveitar o tempo para cuidar da vida, da casa, contribuir
com alguma causa que ache interessante e exercer minha profissão de maneira <i>pro bono. </i>Ocasionalmente fazer um freela
pra não ficar totalmente parada.<i> </i>Quero
casar, viajar com meu marido e rir muito ao seu lado. Quero conhecer o Brasil,
quero conhecer outros países e quero aprender a falar uma língua nova
decentemente. Quero ter mais filhos, de preferência mais dois, uma menina e um
menino. Quero ser aquela mãe que inventa mil e uma atividades durante o dia e
que é a tia preferida dos amiguinhos dos meus filhos. Quero criar crianças
boas, que se importem com as pessoas e que não discriminem aqueles que são
diferentes deles. E que tenham confiança em si para se defenderem e defender
aquilo que acreditam ser correto. Mas que saibam escutar e respeitar outras
visões. Eu também quero me dedicar mais
ao meu casamento. Quero ser aquela mulher que consegue lidar com tudo, resolver
tudo da vida e ainda ter energia pra transar dia-sim-dia-não. E criatividade
sem fim! Também quero aprender a cozinhar e ser aquela que prepara a comida
preferida da família. Quero ter tempo pra ler todos os livros da nossa
biblioteca e ter discussões intelectuais com meu marido à noite, enquanto
fumamos um cigarro e tomamos uma taça de vinho. Nos fins de semana, quero fazer
churrasco com nossos melhores amigos – aqueles que já são da família há décadas
– e assistir aos nossos filhos brincando juntos enquanto tomamos uma cervejinha
e rimos das mesmas histórias que já foram contadas dezenas de vezes. À noite
vamos deixar nossos filhos com uma das avós enquanto saímos pra um barzinho
cult e temos discussões cult com nossos amigos cult. Nesse ponto, os livros da
nossa biblioteca serão úteis. Domingo é dia de almoço em família e talvez um
cineminha no fim da tarde. Quero chegar em casa e colocar as crianças pra
dormir, tomar um banho no meu banheiro grande e limpo, fazer uma esfoliação,
hidratar o cabelo, passar um perfume suave de dormir e colocar meu pijama
organizado. Vamos dar uma olhadinha juntos nos filmes que estão passando já pra
ir planejando nossa noite romântica da quarta-feira, quando sempre vamos jantar
juntos e depois pegar um filme. São muitos anos de convivência, mas ainda não
enjoamos um do outro. Conversamos como velhos amigos, que têm um senso de humor
próprio e uma dinâmica confortável. Não se engane, nós brigamos bastante!
Discordamos, falamos alto, achamos que o outro está completamente louco. Vinte
minutos depois nós fazemos as pazes e rimos de como o outro é teimoso. Eu quero
envelhecer e ter uma cadeira de balanço no terraço, onde vamos ficar sentados
assistindo ao mundo. Quero receber meus filhos e suas famílias para o almoço e
ficar impressionada com a maravilha que são meus netinhos. Quero ser aquela
vovó descolada, que fala palavrão e que admira o avô brincalhão, o favorito dos
netos. Quero dançar a noite inteira no casamento da minha neta. Eu quero morrer sabendo que minha vida valeu a
pena ser vivida.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Juliahttp://www.blogger.com/profile/09080037857069075276noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-946733302311672026.post-42592685132902851072014-10-04T08:15:00.001-07:002014-10-04T08:15:19.682-07:00Algumas palavrinhas bonitasCadália - Sandália<br />
<br />
Pipilite - Pirulito<br />
<br />
Bumba - Bumbum/bunda<br />
<br />
Pitonda - Pitanga<br />
<br />
Guaba - Goiaba<br />
<br />
Tuala - toalha, que é como ela chama as fraldinhas de pano.<br />
<br />
Vesálo - Aniversário<br />
<br />
Afoto - fotos (contexto: Eu qué vê mais afoto!)<br />
<br />
Pitoié - Picolé<br />
Juliahttp://www.blogger.com/profile/09080037857069075276noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-946733302311672026.post-60910107888265784712014-09-03T13:26:00.002-07:002016-04-25T07:19:12.295-07:00Sobre regras bizarras<div class="MsoNormal">
Eu vivo me perguntando se existe mesmo tanta
necessidade dessas dezenas de regras que impomos às crianças. Eu vejo muito pai
reclamando que só vive falando 'não' pros filhos, que a criança é desobediente
e trelosa, mas não dá uma paradinha para perceber que muitos desses 'nãos'
poderiam ser evitados. São 'nãos' que, muitas vezes, não tem lá muito sentido.
(Não vou nem entrar no caso da palavra 'trelosa' ser tida como negativa, porque
pelamordedeus. Queira filhos trelosos! Queira filhos curiosos!).<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Um exemplo
prático com uma experiência que vivemos lá em casa: Lia gosta muito de brincar
com panelas. Ela sente o friozinho do material na mãozinha dela, escuta o som
quando a tampa é batida, coloca a boca e sente o gosto. É um momento de aprendizagem
para ela que, de quebra, mantém ela distraída durante um bom tempo. Porém,
dentro de alguns círculos familiares nossos, existe a regrinha de que não
pode mexer nas panelas. Portanto, toda vez que Lia tenta pegar uma cuscuzeira
nas casas desse círculo, escuta um lindo e ressonante NÃO, seguido de uma
arrancada da panela de suas mãos. Revoltada, eu já perguntei diversas vezes o motivo dela
não poder mexer nas panelas e a resposta nunca foi específica: "Porque não
dá certo", "Porque faz bagunça", "Porque eu não
quero". Sim....mas POR QUE? Porque incomoda ter que guardar duas panelas
depois da brincadeira? *Por sinal, uma ótima oportunidade para ensinar a
criança a guardar suas coisas.* Porque você escutou isso a vida inteira e nunca
teve o direito de contestar? E, portanto, é mais fácil levar isso adiante como
dogma, sem pensar na justificativa plausível? <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Gente, a vida é tão mais fácil quando a gente não se limita
a um 'não'. Dê a liberdade do seu filho explorar o mundo! Deixa ele fazer
bagunça, deixa ele se sujar. Deixa ele comer comida que caiu no chão, rolar com
os cachorros, passear de pijama. Nosso mundo fica muito mais positivo quando a
criança tem direito de ser criança e quando a gente se liberta dessa
necessidade de criar crianças quietas, organizadas e contidas para provar que somos,
de fato, bons pais. Essa visão simplista e preguiçosa de que negar e castigar é
equivalente a educar nunca vai fazer de você um bom pai.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Juliahttp://www.blogger.com/profile/09080037857069075276noreply@blogger.com0