segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

O Primeiro Ultrassom


Quando me direcionei à clínica de medicina fetal para fazer o primeiro ultrassom do meu monstrinho, imaginei que fosse apontar uma gravidez de, no máximo, oito semanas. Isso assim, ESTOURANDO. Pelas minhas contas, não tinha grande probabilidade do bebê ter sido feito antes de dezembro – especialmente porque eu tive sangramentos até fevereiro.

De fato, se eu tivesse me baseado exclusivamente nesse “indicativo”, eu ainda não teria feito o teste de gravidez. Sem falhar, todos os meses eu comprei e USEI absorvente...na data correta! Pra sorte geral da nação, eu tinha que fazer exames de sangue periódicos por causa de um cisto e o exame de janeiro apontou um aumento de progesterona. Exame de sangue pra constatar gravidez, e o teste deu positivo. Próximo passo, marcar o médico (demorou apenas alguns anos para conseguir uma consulta).

Nesse momento, eu sabia que era melhor esperar antes de sair contando a todo mundo e seus amigos.  Apesar de já estar bem claro que teríamos o bebê, havia uma grande probabilidade de acontecer alguma coisa. Estudos indicam que na primeira gravidez, déficit no nível de progesterona acontece com mais de 65% das mulheres. Quase 95% dos abortos espontâneos que acontecem nesta fase são resultado de problemas hormonais.   E eu SEMPRE fui uma deficiente hormonal. Ou seja, melhor esperar passar os primeiros três meses para sair chocando a população. Pelo menos aí já teria alguma certeza de que não foi em vão.

Então lá fui eu para a clínica. Após esperar durante um tempo recorde de 20 minutos, finalmente entrei na salinha escura. Devo dizer que eu estava apreensiva. Eu não estava COMPLETAMENTE convencida de que era um bebê ali dentro, mas esse exame era prova irrefutável. E não é que era uma vidinha? J E, para minha enorme surpresa – eu pedi para a médica conferir quatro vezes – a criaturinha estava com 12 semanas. DOZE! Leia: três meses. Eu fiquei chocada.  Nada de náusea, nada de engordar, nada de acne melhorar (três sintomas bem clássicos do primeiro trimestre). Só uma dor no peito suportável e pessoas comentando "QUE PEITÃO!" o tempo todo.

Saldo: 01 bebê com osso nasal, cabeça, mãos, braços, pernas, pés, unhas e um coração. 

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