sexta-feira, 18 de março de 2016

Gente doida

Hoje rolou um fato chatinho que eu fiquei ponderando se compartilhava ou não. Estou longe de acreditar que seja a norma comum da galera pró-impeachment, mas o fato é que aconteceu e mostra o quão sem noção as pessoas podem ficar quando entram nessa onda de ódio coletivo (dos dois lados). Então, como forma de pedir MENOS INTOLERÂNCIA POR FAVOR, vou escrever estilo historinha de Lia.

Hoje Lia e eu saimos de casa de camisa vermelha. A cor 'fefelida' de Lia é amarelo e a minha é vermelho (e a de papai é verde, e a de vovó Eine é azul, e a de Laninha é rosa e por aí vai), e ela aponta isso a torto e a direito. Saimos de casa e fomos pra parada de ônibus, porque hoje ela foi brincar na casa de um amiguinho. Eu estava NAQUELA vibe de mãe: segurando ela no colo, a minha bolsa, a bolsa dela, uma sombrinha e uma garrafinha de água. E lá vinha o Rio Doce/CDU, lá loooonge, e Lia feliz da vida colocando o dedinho pra fora pra pedir parada.

Eis que passa um homem grisalho, com roupa de estava-caminhando-no-parque e esbarra em mim. Mas esbarrou com TANTA força que eu derrubei a garrafinha de água no chão. Ele estava vindo por trás de mim, então eu imaginei que foi sem querer. Apanhei a garrafinha do chão (haja agachamento) e, quando me levantei, olhei pra ele - que já estava lá na frente, olhando pra trás - e recebi um "porca petralha" resmungado. Eu fiquei tão chocada que só fiz abrir a boca. O ônibus passou logo em seguida, a gente subiu, e Lia me pergunta com cara de trelosa:

- Mamãe, por que aquele homem chamou bocê de porca? Bocê se esqueceu de tomar banhinho hoje, não foi mocinha?!

Pior que não!!! Passei até desodorante, Tetê!!!

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