Minha menina anda crescida. Já come sozinha, passa xampu
sozinha e reclama sozinha também. Certo
dia estava ajudando a avó a dobrar paninho quando ouviu o telefone tocando. A
avó atendeu, e entre papos e risadas soltou o nome da amiga que estava do outro
lado da linha. Cecília. Minha menina, sempre atenta, se voltou para a avó e com
a voz toda braba reclamou: NÃO! Cecília é MINHA amiga!
A avó explicou, “Não, querida. É outra amiguinha. Essa
Cecília é de vovó”. Não houve acordo. Chateada e possessiva, saiu do quarto e
passou resmungando pela cozinha. Atravessou o quintal e chegou à nossa casa,
onde encontrou o pai. Encarou-o e disse com firmeza, “Cecília é MINHA amiga!”.
O pai, sem entender, apenas concordou e assistiu enquanto
ela apanhou o telefone e demandou: “Liga aqui pra Cecília”.
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